Quando vamos recuperar os índices de desemprego de 2019?
CENÁRIO OTIMISTA
Em 2022
A economia começa a recuperar no final do primeiro semestre de 2021. O programa público de investimentos gera muitos novos empregos.
TENDÊNCIA DESTA SEMANA
CENÁRIO PESSIMISTA
Nunca mais
A pandemia serviu de mote para a automação da economia. Há menos emprego, as contas do Estado ficam desequilibradas e fala-se em novos impostos.
BUSINESS AS USUAL, OU VAI HAVER UMA CARTA FORA DO BARALHO?
A crise pandémica gerou uma crise económica. A crise económica gerou mais despedimentos. Os despedimentos aumentaram a despesa do Estado. O Estado fica tentado a aumentar mais impostos para cobrir o aumento da despesa. O aumento de impostos leva a mais recessão e mais desemprego. Isto é o que acontece (quase) sempre. Como vai ser desta vez? Teremos uma carta fora do baralho?
Depois do mínimo histórico, algumas empresas retomam contratações
Só 11% dos empregadores admitem contratar colaboradores entre outubro e de novembro. Mas apesar disso, a criação líquida de emprego expectável para o quatro trimestre do ano deverá ficar 11 pontos percentuais acima da registada no trimestre anterior, altura em que a criação líquida de emprego atingiu mínimos históricos, revela um estudo ManpowerGroup Employment Outlook Survey.
5,9 mil milhões de euros para preservar emprego até 2022
O dinheiro aprovado pela Comissão Europeia faz parte de um pacote de 87 mil milhões a distribuir por 16 países. O dinheiro é um empréstimo a juros muito baixos efetuado pelo Banco Europeu de Investimento
A iniciativa começa em 2021 e irá distribuir 1200 euros a 120 pessoas independentemente da sua condição laboral. Terá 3 fases e fará a comparação com um grupo de 1350 pessoas que inicialmente não receberão o dinheiro. Na última fase, em 2023, consoante a avaliação dos resultados, o dinheiro poderá ser distribuído incondicionalmente às 1500 pessoas.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) publica trimestralmente os dados do desemprego. Uma boa compreensão da realidade passa também pelos números do emprego.
Queda mais acentuada do emprego e das horas trabalhadas em Portugal, do que na média da União Europeia
A queda do emprego na União Europeia em situa-se em -2.9% em relação ao trimestre anterior e -3.1% em relação ao ano passados, enquanto em Portugal é de -3,4% a -3,6%. Relativamente às horas trabalhadas, em relação a 2019 a situação é dramática, sendo a queda na UE de -16,6% e em Portugal de -22,6%.
Ministro das Finanças diz que o pior ainda não passou
Em entrevista à RTP, o ministro das Finanças reconhece que no que diz respeito ao desemprego o pior ainda não passou. João Leão estima que este ano a taxa de desemprego fique próxima de 9 ou 10% da população ativa.
O 2º trimestre apresentou uma queda de 9.8% no conjunto dos países da OCDE. Por comparação, a queda maior anteriormente verificada aconteceu no auge da crise financeira, no primeiro trimestre de 2009. O país mais afetado foi o Reino Unido, com uma queda de mais de 20%. O Japão, onde as medidas de contenção pandémica, foram menos acentuadas registou uma quebra de 7.8%.
Bruxelas prevê 9,7% de taxa de desemprego em Portugal
A Comissão Europeia projeta uma taxa de desemprego em Portugal de 9,7% em 2020, um agravamento de 3,2 pontos percentuais face à registada em 2019. O deteriorar do mercado laboral português é explicado com o choque económico causado pelo coronavírus e o efeito é transversal a todos os países da União Europeia (UE). Para 2021, Bruxelas vê uma melhoria, estimando que a taxa recue para 7,4%, ainda assim acima do valor pré-pandemia.
O aumento da liquidez disponível é considerado essencial para fazer crescer a economia através do consumo privado.
TENDÊNCIA DESTA SEMANA
CENÁRIO PESSIMISTA
NÃO.
Estamos numa situação de aperto. Todos têm que apertar o cinto. Vai haver congelamento de salários ou até redução salarial.
A PRIORIDADE É MANTER O EMPREGO
O executivo de Costa tem referido que o aumento do salário mínimo em 2021 é para manter. Mas os responsáveis pelos setores mais afetados pela economia manifestam-se preocupados com essa medida dizendo que agravará ainda mais os setores e a perda de emprego. Lembremos que a tese para combater a crise, por parte do governo tem sido uma aposta na subida dos rendimentos. Qual o efeito no desemprego? Uma equação difícil.
Ministro das Finanças diz que salários da função pública vão subir 2%
Em entrevista à RTP, o Ministro das Finanças avança que os salários da administração pública, vão ter no próximo ano uma subida superior a 2%. Na Grande Entrevista da RTP, João Leão adianta ainda que salário mínimo também deverá ter um aumento com significado.
Bloco relembra compromisso para aumentar salário mínimo
“O aumento do salário mínimo é uma das explicações mais relevantes para o crescimento e criação de emprego”, lembra o deputado Jorge Costa, exortando o Governo a honrar os seus compromissos. Patrões querem suspender o aumento programado do SMN, que prevê que o seu valor se fixe em 670 euros em 2021 para atingir os 750 em 2023.
Comissão Europeia quer salários mínimos em toda a Europa
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou, perante o Parlamento Europeu, em Bruxelas, que vai propor em breve um quadro legal com vista a garantir um salário mínimo para todos os cidadãos na Europa.
Confederação do Turismo (CTP) considera que subir o salário mínimo em 2021 é colocar o setor no precipício
Apesar do executivo de António Costa já ter manifestado intenções de ajustar o salário mínimo, no Turismo tal não se afigura fácil de aceitar por parte da CTP. Os responsáveis manifestam-se no entanto disponíveis para reconsiderar a meio do ano, caso a retoma do Turismo, se verifique.
O regresso da austeridade aos salários dos funcionários públicos em 2021 — interromper as progressões nas carreiras, não atualizar salários ao ritmo da inflação e até cortes salariais — é um cenário que não pode ser afastado, disse a ministra da Administração Pública, Alexandra Leitão.