A Inteligência Artificial (IA) está lentamente a ficar cada vez mais criativa e, à medida que o faz, está a levantar questões sobre a natureza da própria criatividade e se as máquinas conscientes farão a arte que os humanos podem entender. No espírito assustador do Halloween, uma engenheira usou IA para produzir um tipo de “arte” muito específico e sazonal: uma casa assombrada.
Não é uma casa de tijolo e argamassa, é virtual e foi criada pela investigadora e escritora Janelle Shane, que dirige um blog de humor sobre learning machine chamado AI Weirdness, onde escreve sobre a forma “como os algoritmos de learning machine erram”.
Para a casa mal-assombrada virtual, Shane usou as ferramentas CLIP (abreviatura de Contrastive Language – Image Pre-training), uma rede neural construída em OpenAI, e VQGAN, uma arquitetura de rede neural que combina redes neurais (que são normalmente usadas para imagens) com transformadores (que são normalmente usados para linguagem).
CLIP aprende os conceitos visuais da supervisão de linguagem natural, usando imagens e as suas descrições para avaliar quão bem uma determinada imagem corresponde a uma frase. O algoritmo usa aprendizagem zero-shot, uma metodologia de treino que diminui a dependência de dados rotulados e permite que o modelo reconheça objetos ou imagens que não tenha visto antes.
A frase em que Shane se concentrou para esta experiência foi “casa vitoriana assombrada”, começando com uma foto de uma casa vitoriana normal, em seguida, permitindo que a IA usasse o feedback, para modificar a imagem com detalhes associados à palavra “assombrada”. O resultado foi, entre muitas outras, a imagem acima.
Crédito da foto: Janelle Shane, AI Weirdness