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Porque não se há-de poder fazer humor com as religiões?

Vivemos tempos algo conturbados por radicalismos religiosos, que perturbam o funcionamento de algumas sociedades plurais e abertas.

Há princípios baseados na democracia e secularidade que têm mostrado, ao longo da história, ser a melhor receita para mais desenvolvimento e maior liberdade, mas não são ainda preconizados por todos os a países e pessoas.

Diversos inquéritos mostram, em quase todas as sociedades, que a religião está a perder peso, mas a sua importância cultural, histórica, e espiritual é inquestionável e está bastante prevalente no mundo.

Qualquer sociedade que valorize a liberdade e a paz, respeita por isso religiões diferentes, afinal de contas são decisões pessoais. Mas há muita gente que considera que a religião merece um género de protecionismo da crítica e da sátira. Por se tratar de algo bastante intimo “gozar” com a religião suscita em alguns, aversão. Em Portugal, mesmo não tendo nós os problemas de outras sociedades que chegam ao extremismo dos atentados terroristas, também temos um quinhão relevante de intolerância religiosa, manifestada por exemplo na suspensão de alguns programas televisivos ou ações judiciais a humoristas.

No Cogito somos pela liberdade de expressão, aplaudimos a diversidade e acolhemos o ecumenismo no sentido mais lato da convivência de todas as religiões. Mas achamos, com todo o respeito que as opções individuais de cada um nos merecem, que a religião, com a sua importância e peso social, não está imune à discussão crítica e ao humor que é uma forma poderosa de questionamento e de reflexão.

Mas não é mais do que isso, humor!

Por isso, quando não se aceita o humor dirigido à religião parece-nos que o problema está, em quem vê algo, para lá do humor.

Fiquemos com um site de cartoons bastante interessantes, alguns sobre religião. 

Crédito Imagem – Loren Fishman

www.theoatmeal.com

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