Um novo sistema a hidrogénio pode capturar 99% do dióxido de carbono (CO2) existente no ar. Segundo cientistas da Universidade de Delaware, o novo dispositivo, com o tamanho de uma lata de refrigerante, pode ser um avanço significativo para a captura de CO2. Ao mesmo tempo, a tecnologia ambiciona tornar as células de combustível mais eficientes.
A equipa de Delaware, liderada por Yushan Yan e Henry Belin du Pont, descreve na Nature Energy, que trabalham há algum tempo para melhorar as células de combustível de membrana de troca de hidróxido (HEM), uma alternativa económica e ecológica às tradicionais células de combustível à base de ácido que se utilizam. Mas as células de combustível HEM são extremamente sensíveis ao dióxido de carbono no ar, que dificulta a respiração de uma célula de combustível HEM.
Os cientistas perceberam que esta desvantagem pode ser uma vantagem para a remoção de dióxido de carbono. O coautor Brian Setzler, professor assistente de pesquisa em engenharia química e biomolecular, explica: “Ao investigarmos o mecanismo, percebemos que as células de combustível estavam capturando quase todo o dióxido de carbono que entrava, e elas eram realmente boas em separá-lo para o outro lado.”
Embora isso não seja bom para a célula de combustível, a equipa sabia que, se pudesse aproveitar esse processo de “autopurga” embutido em um dispositivo separado, poderia transformá-lo num separador de CO2. O que veio a acontecer. Chama-se a isto transformar um problema numa oportunidade.
Crédito da ilustração: Universidade de Delaware, EUA
