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Bactérias da Antártida usam hidrogénio para produzir água

Estamos há pouco tempo a pensar usar o hidrogénio como fonte de energia, mas as bactérias da Antártica já o fazem há mil milhões de anos. O estudo de 451 tipos diferentes de bactérias de solos congelados na Antártica Oriental descobriu que a maioria delas vive usando o hidrogénio do ar como combustível. Por meio de análises genéticas, o estudo detectou também que essas bactérias divergem das suas primas de outros continentes há cerca de mil milhões de anos.

Apesar das condições adversas, os microrganismos prosperam. Centenas de espécies bacterianas e milhões de células podem ser encontradas num único grama de solo. Mais de um quarto das bactérias estudadas criam uma enzima chamada RuBisCO, que permite às plantas o uso da luz do sol para capturar dióxido de carbono do ar e convertê-lo em biomassa – a fotossíntese, que gera a maior parte do carbono orgânico da Terra. No entanto, descobriu-se que mais de 99 por cento das bactérias contendo RuBisCO foram incapazes de capturar a luz solar. Em vez disso, elas realizam um processo chamado quimiossíntese. Em vez de depender da luz solar para alimentar a conversão de dióxido de carbono em biomassa, usam compostos inorgânicos como os gases hidrogénio, metano e monóxido de carbono. 

Crédito da foto: Pixabay

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