red chip

Mercado de arte aposta nas “red chips”

A leiloeira de arte Sotheby’s está a preparar o “retrato definitivo da Renascença” para as suas sessões de antigos mestres que vai realizar em Nova York. A Sotheby’s espera vender mais de 65 milhões de euros, num mercado bastante afectado pelas consequências da pandemia Covid-19. Mas é um esforço em contra-corrente para despachar arte “encalhada”. De acordo com os cálculos do especialista Michael Moses,  as obras de arte revendidas em leilão desde 2010 geraram um retorno anual geral de apenas 4,4%. É pouco para este sector.
 
Por outro lado, o perfil dos bilionários mudou. Os grandes tubarões das indústrias familiares ou do imobiliário deram lugar a jovens high-tech, que estão mais interessados em art pop do que em Boticelli. É aqui que as Red Chip ganham espaço aos artistas Blue Chip, que são mestres cujo valor da arte teve anos consistentes de vendas que foram confirmadas em leilão. De acordo com o índice Artprice100 são: 1. Picasso, 16. Calder, 19. Miro, 23. Chagall, 52. Dali e 82. Buffet. 

Nas Red Chips destacam-se nomes como (na foto) The Bathers (2015), de Amy Sherald. Mas, entre muitos outros, também Dana Schutz, que já vendeu na Christie’s por um recorde de 5,3 milhões de euros.

As vendas em leilões globais de arte e antiguidades não aumentaram desde o recorde histórico de 17,6 mil milhões de euros registados em 2014, de acordo com Rachel Pownall, professora de arte e finanças da Universidade de Maastricht.

 

Crédito da foto: The Bathers (2015), © Amy Sherald

www.theartnewspaper.com

Comments are closed.