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Cimento que não emite CO2 (e até captura!)

Em termos industriais, a produção de cimento é a atividade que mais contribui para a emissão de CO2, com cerca de 8% dos valores totais, tanto quanto as emissões de todos os automóveis do mundo. Com a construção a aumentar, o impacto é crescente, não havendo ainda boas soluções tecnológicas para esta indústria gigante e de forte intensidade energética. Porém, há várias hipóteses em estudo, como a utilização de geopolímeros, a carbonização mineral ou até a utilização de novas técnicas de construção, que reduzem o cimento.

No Japão, numa instalação industrial experimental dedicada à captura de CO2, junto ao porto de Tomakomai, ensaiam uma solução muito interessante. Eliminando a água e usando um gás com CO2 a que se adiciona um aditivo à base de carbonato de cálcio, que é um subproduto industrial, a carbonização acontece, produzindo um cimento com propriedades elevadas. E, o melhor é que todo este processo não só não produz CO2, como até se verifica alguma uma captura, no processo de solidificação.

Na verdade, durante a produção do cimento de utilização corrente, são gerados cerca de 288 kg de CO2 por cada metro cúbico, enquanto neste novo processo, o balanço final é de carbono negativo, com uma captura de 18kg por metro cúbico.

Este betão ecológico já está a ser utilizado em algumas partes de edifícios, como paredes, blocos para tetos ou painéis de ligação. Os passos seguintes serão uma aplicação mais generalizada deste material.

Crédito da foto: Euronews

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