“Se o cérebro produz a mente, a imaterialidade tem de ser gerada pela matéria”, escreve Pier Vincenzo Piazza no livro Homo Biologicus. A alma não é demonstrável, é apenas acessível a quem a tem. Baseia-se num sentimento de ‘verdadeiro’ que apenas o crente pode sentir. É um ato de fé”.
Diz o cientista francês que este ‘sexto sentido’ é importante para as pessoas, porque é uma forma de explicar os fenómenos que, de outra forma, seriam muito difíceis de explicar: “não sabem, têm medo, ficam ansiosos, logo inventam”.
Estas ideias estão muito presentes na sociedade, porque a religião, e em particular Santo Agostinho, estabeleceu que o que é do corpo equivale aos restantes animais, pelo que a alma é o que define a humanidade.
Ao longo dos últimos séculos, incluindo o século XX, a ciência tem estudado o corpo e esquecido a alma. Mas a ciência do século XXI vem reconciliar a mente com a matéria. “A alma e a mente existem, mas têm uma existência material”, conclui Piazza.