Um novo estudo publicado na revista The Lancet mostra que a prevalência de cancro, nas mulheres vacinadas contra o vírus HPV – Vírus do papiloma humano – baixa 87% quando as estas recebem a vacina entre os 12 e 13 anos, 62% quando a vacina é ministrada entre os 14 e os 16 anos e 34% entre os 16 e 18 anos.
Há ainda um enorme efeito nos casos pré-cancerigenos, como o carcinoma não invasivo (CIN3), que reduz nas mesmas faixas etárias acima referidas, respetivamente 97%, 75% e 39%. Este é mais um caso de enorme sucesso de uma vacina que, se generalizada, tornará este cancro raro a nível mundial.
O desafio é garantir que a aplicação seja ampla a nível mundial e que a vacina seja ministrada antes do início da vida sexual, uma vez que transmissão deste vírus se faz por essa via. De referir ainda que este é considerado o segundo agente carcinogénico mais importante para o aparecimento de alguma forma de cancro, logo a seguir ao tabaco.
Em Portugal, a vacina faz parte do plano nacional de vacinação desde 2008, inicialmente cobrindo raparigas a partir dos 13 anos e, desde 2014, a aplicação passou a ser feita a partir dos 10 anos. Em 2020 foi também estendida aos rapazes, também a partir dos 10 anos.
Crédito da foto: Tricare
