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Microsoft bloqueia ciberataque com uma força sem precedentes na Europa

Esta quarta-feira às 21h30 temos no COGITO uma conversa com Carlos Cabreiro, Diretor UNC3T da Polícia Judiciária. Iremos abordar assuntos relacionados com a segurança e com alguns dos subterrâneos e meandros inerentes ao mundo digital em que todos vivemos, que apesar de nos poderem afetar, normalmente nos escapam.

Uma destas áreas críticas é a cibersegurança, que depende das grandes empresas tanto quanto depende dos nossos comportamentos como utilizadores da tecnologia. Neste caso, a notícia que destacamos refere-se a um ataque a um Cliente Europeu da Microsoft, suportado em serviços na Cloud (Azure) que, apesar da sua força sem precedentes na Europa, foi possível bloquear.

Os ataques cibernéticos às empresas são diários, mas este merece destaque, porque usou uma largura de banda muito acima do maior ataque deste tipo registado anteriormente na Europa, tendo atingido um pico de 2.4 Terabits por segundo, quase o mesmo de outro ataque deste tipo verificado há uns meses na Google, nos EUA.

Este ataque foi do tipo DDoS (Distributed Denial od Service) que, apesar do “palavrão” é fácil de explicar. Qualquer site e serviço prestado por uma empresa tem uma capacidade limitada por vários fatores. Um deles é o acesso de internet que permite chegar à página que disponibiliza o serviço. Se a largura de banda da internet que acede a essa página for ocupada (tal como um bloqueio de uma estrada no impede de circular), o serviço deixa de ser acessível por qualquer utilizador que dele necessite. Com isto pode criar-se uma enorme disrupção nos utilizadores e nas organizações e, pior ainda, este tipo de congestionamento por vezes vulnerabiliza os servidores e permite que os hackers assumam controlo total do sistema da empresa.

Para tal, neste tipo de ataque coordenado, usam-se máquinas distribuídas por muitas localizações, que depois inundam de tráfego ilegítimo os canais de acesso normais ao serviço.

É mais uma demonstração do “poder de fogo” que os grandes prestadores de serviços de internet tem que ter e do esforço contínuo para estarem sempre uns passos à frente das capacidades do crime organizado. Algo que nem sempre se consegue, mas que neste caso teve sucesso.

Crédito da foto: N-Able.com

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