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Ciência climática dá Nobel da Física

O Nobel da Física deste ano foi atribuído a 3 cientistas, pelas suas pesquisas em sistemas complexos. Não é simples de definir o que são sistemas complexos (por isso se chama sistemas complexos…), mas podemos dizer que sempre que estamos na presença de muitos elementos que interagem simultaneamente entre si e que, fruto dessa interação, adquirem dinâmicas com fortes componentes aleatórias e de desordem, por vezes mesmo consideradas caóticas, estamos nesse quadro de modelação.

Neste tipo de conceito encaixam coisas em escalas microscópicas, como a interação de partículas, átomos ou moléculas, mas também sistemas em grandes escalas como galáxias ou sistemas planetários.

Um destes sistemas, de particular relevância, é toda a dinâmica que gera o clima do planeta. Oceanos, correntes, ventos, marés, atividade geológica, interação humana são alguns dos inúmeros fatores que tornam complexa a modelação.

Diz a Academia Sueca de Ciências que os climatologistas Syukuro Manabe da Universidade de Princeton, EUA. e Klaus Hasselmann do Instituto de Meteorologia Max Planck, Hamburgo na Alemanha foram os primeiros a construir um modelo físico fiável do clima da Terra, ainda na década de 60, quantificando a variabilidade e permitindo com fiabilidade prever o aquecimento global. Foram por isso galardoados com 50% do prémio deste ano.

Os restantes 50% foram atribuídos ao físico Giorgio Parisi, da Sapienza Universidade de Roma, pelo trabalho em torno da descoberta “da interação das flutuações e desordem nos sistemas físicos em escalas atómicas e planetárias” Um trabalho muito centrado na dinâmica de líquidos e gases.

Crédito da foto: European Space Agency

www.scientificamerican.com

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