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Nobel da Paz premeia liberdade de expressão e jornalismo

Para Prémio Nobel da Paz, a Academia Sueca premiou este ano a jornalista Filipina Maria Ressa e o jornalista Russo Dimitry Muratov, “pela defesa da liberdade de expressão nas Filipinas e na Rússia”. Ambos têm tido papéis importantes no jornalismo de investigação nos seus países, tendo enfurecido os líderes destes países e sofrido por isso repetidas ameaças.

A jornalista Maria Ressa foi co-fundadora do site Rappler onde repetidamente provou os abusos de poder, a violência e o crescente autoritarismo no seu país nativo, as Filipinas.

Relativamente a Dimitry Muratovo, o Comité Nobel referiu que o co-fundador e editor do jornal independente Novaya Gazeta, tem décadas de defesa da liberdade de expressão na Rússia, sob condições crescentemente difíceis.

É importante assinalar que desde o pós segunda guerra mundial, o número de democracias cresceu de forma notável no mundo e a sua qualidade melhorou também de forma significativa. Em consequência, a liberdade de imprensa foi também evoluindo mundialmente de forma positiva. No entanto, verifica-se nos últimos anos algum recuo nesta tendência favorável, com a degradação clara da qualidade de algumas democracias, algumas muito consolidadas e referenciais para o mundo  assim como uma certa deriva autoritária e populista.

Este prémio é um alerta para importância da preservação com liberdade de expressão, como pilar das democracias, da liberdade e do bem estar dos povos do mundo e naturalmente expressa-se através do jornalismo cuja voz independente é fundamental preservar.

Crédito da foto: Reuters

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