A artéria mediana é conhecida há muito tempo, porque normalmente existe no início do período de desenvolvimento uterino, desaparecendo mais tarde.
No entanto, a prevalência desta artéria em adultos está hoje nos 30%, enquanto no final do século XIX era apenas de 10%. Portanto, dentro de algumas gerações estima-se que a maioria da população terá esta artéria adicional no antebraço, sendo uma evidência dos mecanismos da evolução, a operar.
Na verdade, esta característica pode não ser fruto de uma seleção devido a uma vantagem, mas sim uma consequência de novas circunstâncias sociais ao nível do trabalho.
Uma terceira artéria pode até ter algumas vantagens ao nível da irrigação adicional, mas constata-se que as pessoas que a têm são mais suscetíveis ao síndroma do túnel cárpico, uma condição que cria desconforto e reduz a sensibilidade na utilização das mãos.
No entanto, como nos dias de hoje, o trabalho exige menos esforço das mãos, o síndrome do túnel cárpico acaba por não perturbar a sobrevivência, até porque se atenua com cirurgia, e por isso criou-se espaço para que as pessoas com a artéria mediana não tenham problemas de sobrevivência.
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