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Estudo sobre honestidade acusado de desonestidade

O prestigiado psicólogo Dan Ariely escreveu um livro sobre desonestidade. Agora, alguns pares estão a acusar o cientista de desonestidade. Dizem que o trabalho assenta em dados falsos.

O estudo de Ariely defende que quando as pessoas assinam uma declaração de honestidade no início de um inquérito, e não no final, é menos provável que mintam. Um método aparentemente barato e eficaz para combater a fraude, foi adotado por pelo menos uma seguradora, testado por agências governamentais em todo o mundo e ensinado a executivos corporativos. Ele fez sucesso entre os acadêmicos, que o citaram mais de 400 vezes.

O estudou também reforçou a reputação dos seus autores – Max Bazerman, professor de administração de empresas da Harvard Business School, e Dan Ariely, psicólogo e economista comportamental da Duke University – como figuras de proa no estudo da tomada de decisão, irracionalidade, e comportamento antiético. Ariely, um orador frequente do TED Talk e colunista no Wall Street Journal, citou o estudo em palestras e obviamente no seu best-seller: The (Honest) Truth About Dishonesty: How We Lie to Every – Especially Us.

Anos depois, novos estudos descobriram que as experiências subsequentes não mostraram a mesma redução no comportamento desonesto. Mais recentemente, um grupo de investigadores externos examinou os dados subjacentes do artigo original e descobriram um problema maior: uma das experiências mais importantes foi falsificada “sem sombra de dúvida”, segundo o blog, Data Colada.

Em consequência os investigadores que publicaram o estudo, concordaram que os dados parecem ser fraudulentos e solicitaram que o estudo fosse retirado. Mas ainda não está claro quem criou os dados, e quatro dos cinco autores disseram que não participaram no trabalho de campo para o teste em questão.

Crédito: Franki Chamaki on Unsplash

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