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Descobertas as células cardíacas que regulam o batimento

Investigadores da Universidade de Notre Dame em Indiana identificaram um novo tipo de células cardíacas. Quando retiradas do músculo cardíaco, o ritmo acelerava e quando era eliminado um gene responsável pelo desenvolvimento destas células gliais agora descobertas, o coração batia de forma mais irregular. Estas células foram batizadas de Nexus Glia e assemelham-se aos astrócitos, bem conhecidos e presentes no cérebro e na espinhal medula, que possuem funções gliais ou seja de transmissão de impulsos.

As células foram encontradas numa zona onde muitos defeitos cardíacos congénitos são verificados, que se forma durante as fases precoces do desenvolvimento e faz parte da zona que liga os ventrículos às artérias de saída do coração.

Primeiro, os cientistas encontraram estas células em peixes zebra, mas já confirmaram a sua existência em ratos e seres humanos. Estas células podem estar ligadas a um conjunto de condições cardíacas que resultam em falhas no sistema nevoso autónomo, responsável pelo controlo de funções básicas do corpo humano como a respiração, a circulação, a temperatura ou a digestão.

Não é ainda bem conhecido o funcionamento destas novas células, mas sabe-se que a sua presença é fundamental para a boa regulação do coração. Células semelhantes já foram encontradas em diversas zonas do corpo como o pâncreas ou os pulmões, mas também nesses casos os investigadores não conhecem em detalhe o seu papel.

O futuro desta pesquisa pode passar precisamente por analisar células semelhantes a estas células Gliais Nexus noutros órgãos críticos do corpo. Espera-se que avanços possam permitir o surgimento de novos tratamentos para várias doenças cardíacas.

Crédito Foto: Nina L. Kikel-Coury/Smith Lab

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