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Parques infantis para crianças arriscarem mais

Uma grande parte do esforço que é feito na sociedade, desde a investigação científica à organização da sociedade, visa tornar as relações entre as pessoas e o meio ambiente, mais seguros. Mas, isso pode ter um reverso, principalmente no que às crianças diz respeito. Ao criarmos ambientes assépticos e demasiado protegidos, podemos estar a impedir certas aprendizagens que se fazem essencialmente na infância, nas vertentes da coordenação física, da antecipação de perigos, da resolução de dificuldades e da superação de obstáculos.

A agravar o problema, temos os mundos virtuais tecnológicos com que as crianças lidam desde muito cedo, que contribuem para um maior afastamento das interações físicas com outras pessoas, ao mesmo tempo que permitem experiências intensas onde a proteção é total. Ou seja, numa perspetiva mais abrangente, podemos estar a criar futuros adolescentes e adultos com elevada intolerância ao risco e com dificuldades em lidar com as frustrações e obstáculos, inevitáveis ao longo da vida.

Esta é a base da perspetiva que começa a expandir-se na Alemanha. Parques infantis que envolvam uma dose de perigo moderado, onde as crianças tenham que aprender a controlar o risco e sejam desafiadas a superar obstáculos. O número de parques com estas características está a crescer e há várias empresas que estão a explorar estes conceitos e os limites dos regulamentos.

Foto: Philip Oltermann/The Guardian

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