litio

Novos processos e novas fábricas para o lítio

Sabemos que o mundo enfrenta uma emergência climática que impõe reduções urgentes nas emissões de CO2. Uma das áreas com mais impacto são os transportes, responsáveis por cerca de 1/5 do total de emissões.

A transição energética dos transportes movidos por combustíveis fósseis para baterias é necessária, mas levanta também alguns problemas que necessitam ser acautelados e minimizados. Desde o impacto ecológico do aumento da extração mineral, até ao destino a dar às baterias em fim de vida, muitas são as medidas a necessárias para que as novas tecnologias sejam alterativas verdadeiramente sustentáveis.

Neste momento, as empresas envolvidas no ecossistema ligado aos transportes desenvolvem três linhas de ação:

1 – Garantir que só usam minerais extraídos através de práticas éticas e respeitadoras dos direitos humanos. É um problema mais difícil do que parece, já que as cadeias logísticas são complexas, com muitas etapas e muita intermediação. Isto implica um rigoroso trabalho dos fabricantes de baterias e das marcas automóveis, de controlo das suas cadeias logísticas e dos seus fornecedores. Há mesmo marcas, como a Volvo que usa redes de especialistas em Blockchain para garantir que consegue manter um rastreio detalhado, desde a origem dos vários minérios passando por todo o ciclo de processamento até chegar à bateria final;

2 – O prolongamento da utilização das baterias é outra das iniciativas considerada fundamental para se minimizar a necessidade de novas baterias, reduzindo-se assim novos minerais e desperdícios. Têm sido desenvolvidas diversas tecnologias, quer nos materiais, quer na gestão dos ciclos de carga e descarga das baterias. Com estas tecnologias já se apontam durações médias para estas baterias, em contexto de utilização normal de transporte, de 12 a 15 anos; a este período segue-se depois uma desmontagem e recondicionamento para uma segunda utilização, por mais cerca de 10 anos, em armazenamento da energia fotovoltaica para soluções domésticas de industriais ou como soluções de microarmazenemanto integradas em redes inteligentes.

Ou seja, no conjuntos destes avanços poderemos ter um tempo de vida das baterias perto dos 25 anos, findo o qual teremos reciclagem;

3 – Relativamente à reciclagem há muitos investimentos a serem efetuados quer na melhoria dos processos, quer em instalações fabris. Um dos links em anexo a este artigo dá-nos conta da construção de uma unidade fabril na Alemanha pela BASF, que quer assumir-se como líder mundial na reciclagem deste tipo de baterias. Essa instalação fabril estará operacional já em 2022 e é fruto de uma parceria com a produtora chinesa de baterias, CATL, uma das maiores fabricantes mundiais de baterias para veículos elétricos.

Crédito imagem: aotbattery

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