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Franceses criam coração artificial

A empresa francesa Carmat anunciou a construção de um coração artificial, pensado para pessoas com insuficiência cardíaca biventricular em estágio terminal. O que acontece quando ambos os ventrículos do coração – câmaras da parte inferior do coração que puxam e empurram o sangue dos pulmões para o resto do corpo – ficam fracos demais para cumprir sua função.

Como um coração natural, o coração artificial tem dois ventrículos. Um é para fluido hidráulico e outro para sangue, com uma membrana entre os dois. A parte da membrana que está em contato com o sangue é feito com células de coração de vaca. Uma bomba mecânica move o fluído hidráulico para dentro e para fora dos ventrículos, e esse fluído move a membrana para permitir que o sangue circule. Existem ainda quatro válvulas também feitas com células de coração de vaca.

Depois, um dispositivo eletrónico e sensores incorporados regulam automaticamente as respostas à atividade do paciente. Se, por exemplo, o corpo está em exercício, o fluxo sanguíneo aumenta, tal como faria com um coração natural. Isto é o que diferencia do coração artificial feito pela empresa americana SynCardia. 

O coração da Carmat pesa 900 gramas, o que é cerca de três vezes o peso do coração humano médio. A parte negativa é que os pacientes têm de carregar consigo uma pequena bolsa com fluído, um controlador e uma bateria de iões de lítio.

“A ideia desse coração, que nasceu há quase 30 anos, era criar um aparelho que substituísse o transplante de coração, um aparelho que funcione fisiologicamente como um coração humano, pulsante, autorregulado e compatível com o sangue”, afirmou o CEO da Carmat, Stéphane Piat, à Reuters.

O coração da Carmat ainda não é uma solução permanente. Foi apenas aprovado como um substituto temporário, enquanto os pacientes aguardam corações de doadores e tem um período de vida estimado de cinco anos. 

Crédito da foto: Carmat

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