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Baterias de automóvel carregadas em cinco minutos?

A Eve Energy, em parceria com os israelitas da StoreDot, está a planear produzir novas baterias de iões de lítio, que são capazes de carregar totalmente em cinco minutos. A acontecer, este será um marco na transição energética, que faz prever que o carregamento de carros elétricos venham a ser tão rápidos,  quanto o abastecimento de veículos a gasolina ou diesel.

A StoreDot já demonstrou sua bateria de “carregamento extremamente rápido” em telefones, drones e scooters. Mas o grande mercado são os automóveis elétricos. Daimler, BP, Samsung e TDK investiram cerca de 100 milhões de euros na StoreDot, que foi nomeada para o prémio de Bloomberg New Energy Finance Pioneer em 2020.

As baterias atuais poderiam ser totalmente carregadas em cinco minutos, mas para isso precisariamos de carregadores muito mais potentes dos que são usados hoje. Com a infraestrutura de carregamento disponível, a StoreDot aponta como objetivo fornecer 160 quilómetros de carga para uma bateria de automóvel em cinco minutos no ano 2025.

“A barreira número um para a adoção de veículos elétricos não tanto o custo, mas a autonomia oferecida”, diz Doron Myersdorf, CEO da StoreDot. “As pessoas têm medo de ficarem presas na estrada ou de ficarem sentadas numa estação de recarga durante duas horas. Mas se a experiência do condutor é exatamente igual a abastecer um carro a gasolina, o medo desaparece”. 

“Uma bateria de iões de lítio de cinco minutos foi considerada impossível”, sustenta Myersdorf. “Mas não queremos lançar um protótipo de laboratório, queremos lançar uma linha de produção em massa. Isso demonstra que é viável e está comercialmente pronto. ”

As baterias de iões de lítio existentes usam grafite num elétrodo, no qual os íons de lítio são empurrados para armazenar carga. O problema é que quando são carregados rapidamente, os íons ficam “congestionados” e podem transformar-se em metal, provocando um curto-circuito na bateria.

A bateria StoreDot substitui o grafite por nanopartículas semicondutoras, nas quais os íons podem passar de forma mais fácil e rápida. Essas nanopartículas são atualmente baseadas em germânio, que é solúvel em água e mais fácil de trabalhar na fabrico. Mas o plano da StoreDot é usar silício, que é muito mais barato, e espera ter protótipos ainda este ano. Myersdorf defende que o custo será o mesmo das baterias de iões de lítio existentes.

Foto: taxi eléctrico da Zoox

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