John Coltrane tornou-se numa lenda do jazz de improvisação, devido à sua enorme capacidade de misturar elementos musicais no momento. Cientistas da Universidade de Columbia mostraram que os músicos improvisadores são melhores que os outros músicos a distinguir, no instante, acordes que podem ser usados e acordes que não podem. Quando os improvisadores encontram um acorde impróprio para a sua música, os dados dos seus cérebros mostram um padrão de atividade elétrica distinto dos músicos que não improvisam.
A improvisação não é só característica do jazz; é a base de grande parte do quotidiano. Perante um autocarro atrasado, temos de decidir se vamos caminhar ou esperar e apanhar o transporte público.
Com uma mentalidade flexível, a solução criativa aparece mais facilmente e podemos optar por uma terceira solução. O nosso mundo fica maior, e por isso mesmo melhor. O segredo está em manter o espirito aberto. E para isso é importante treinar o cérebro com opções que não sejam sempre as mesmas. Como o jazz de improviso.
Na foto: Andrew Goldman, Columbia University.
