De acordo com um novo estudo publicado na Nature Human Behaviour, as redes sociais são boas e… más para a democracia. Uma equipa de investigadores internacionais analisou 496 estudos diferentes, examinando a ligação entre os meios digitais e a democracia. Primeiro as boas notícias: os investigadores descobriram que a adoção global de meios digitais permitiu taxas mais elevadas de participação política e aumento do consumo de informação. Ambos promovem a democracia, especialmente em autocracias e novas democracias.
Porém, também há más notícias. A maior adoção de meios digitais de comunicação está associada a um declínio da confiança política, ao crescimento do populismo e a um aumento da polarização, o que penaliza a democracia. Também concluíram que a exposição à desinformação ocorre mais frequentemente em democracias estabelecidas.
A propósito desta última conclusão, um outro estudo, que também aborda o tema da desinformação, publicado há algumas semanas no Journal of Quantitative Description, conclui que pessoas do Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia estão expostas a desinformação nas redes sociais e meios de comunicação ao mesmo ritmo, mas os americanos são três vezes mais propensos a partilhá-la.
O estudo foi efetuado com base em Survey’s num contexto de informação sobre a Covid-19.
