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Ricos não compram painéis solares

A análise das vendas de painéis solares nos Estados Unidos durante 2021, mostra que as pessoas com maior poder de compra não estão muito preocupadas com a adoção de energia mais sustentável. Os agregados familiares com rendimentos acima dos 150 mil dólares (cerca de 150 mil euros) anuais têm taxas de aquisição muito mais baixas do que as famílias com rendimentos entre os 25 mil e os 100 mil dólares (25 a 100 mil euros).

De destacar o facto de os dados serem de 2021, o que significa que ainda não está incorporado o efeito do acréscimo do preço da energia provocado pela guerra da Ucrânia. Com este efeito, provavelmente o resultado seria ainda mais discrepante entre rendimento familiar e adoção de painéis solares.

Ou seja, há que concluir que não é a preocupação ambiental, a principal motivação nesta opção de investimento, mas sim o fator de poupança na energia. Portanto políticas indutoras desta adoção terão impreterivelmente, que criar condições favoráveis ao investimento, dirigidas a rendimentos baixos e médios.

Não há dados que mostrem esta relação entre rendimento familiar e adoção de painéis solares em Portugal, mas é claro que a legislação portuguesa relativa ao autoconsumo e à microgeração tem definitivamente que evoluir e tornar-se mais atrativa.

Crédito da foto: LBL

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