A importância geoestratégica dos minerais é sobejamente conhecida e discutida. Num mundo de comércio aberto e de relações mutuamente vantajosas, a confiança permite explorar o potencial de cada região. Porém, quando estamos perante fatores de instabilidade, como a pandemia e a guerra, ou fatores de aceleração e transformação, como a transição energética e a mobilidade, os equilíbrios comerciais podem perturbar-se e uns são mais afetados do que outros por essas perturbações. Por isso, o interesse internacional pela segurança do fornecimento de minerais continua a crescer.
Vale a pena perder tempo a analisar a infografia do artigo que aqui destacamos. A visualização de dados apresenta a distribuição global, em continentes e países, de minerais utilizando a tabela periódica de elementos. A base primária dos dados é do Bristish Geological Survey de 2020.
Através desta análise pode entender-se a forte concorrência entre países produtores como a China, a Rússia e os EUA no que diz respeito aos minerais que entram no comércio internacional. É fácil perceber o peso da China em muitas das terras raras fundamentais para a eletrónica; ou o peso do Congo na produção de cobalto, fundamental para a transição da mobilidade; ou o enorme peso da Austrália no lítio, essencial para as baterias, ou o peso da América do Sul no condutor mais universalmente usado, o cobre.
Tudo isto e muitas outras relações configuram possíveis lutas de poder. O fácil acesso a estes elementos terrestres alicerça muito das relações geopolíticas atuais e do futuro e por isso é importante entender.
Crédito da foto: Are.News