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Na Califórnia há aviso de terramoto antes de acontecer

A Google conseguiu avisar os californianos de um terramoto antes de acontecer. Não é ainda possível de forma fiável prever tremores de terra. Há bastante investigação neste campo, mas as dificuldades inerentes à complexa dinâmica de fluidos do Manto terrestre, que é uma das bases dos fenómenos sísmicos, não permitiu até agora criar modelos e mecanismos eficazes.

E este sistema da Google não é exceção. Não se trata de prever a ação sísmica, mas sim de detetar a atividade sísmica alguns segundos antes desta se manifestar às pessoas e avisar instantaneamente permitindo assim, em algumas situações, alguma proteção.

“Uma das coisas que estamos a tentar fazer é construir uma indústria de alerta precoce para o terramoto”, diz Robert de Groot, que faz parte da equipa de operações do ShakeAlert, um projeto no âmbito da Avaliação Geológica dos Estados Unidos, que procura detetar os primeiros sinais de terramotos. “Estamos a fazer coisas que nunca pensámos fazer.”

Os especialistas esperam que um dia os alertas possam ser enviados ainda mais depressa, dando às pessoas mais tempo para se proteger. Uma rede de 1.300 sensores USGS sentem imediatamente o mínimo tremor e, quando quatro sensores são simultaneamente acionados, enviam um alerta para um centro de processamento de dados. Se esses dados satisfazem os critérios, o sistema ShakeAlert determina que ondas S mais fortes, do tipo que podem causar danos e ferir pessoas, podem estar a caminho. É então que sistemas de alerta, como o da Google, através de uma app chamada MyShake, ou agências governamentais como a Federal Emergency Management Agency e os sistemas de trânsito, vão interpretar os dados e enviar alertas para a população.

Mas há limitações. As ondas S movem-se rapidamente e quanto mais perto uma pessoa estiver do terramoto, menos probabilidade tem de receber um alerta antes de sentir o tremor. Por outro lado, os sensores USGS são caros e, por isso, a sua rede expande lentamente. “Haverá um total de 1.675 até 2025″, diz de Groot.

A Google quer também aproveitar os acelerómetros dos smartphones e até dos smartwatches, bastante mais baratos que os sensores sísmicos, para procurar captar pequenas vibrações que possam ser identificadas como ondas S e atuar em termos de aviso.

Crédito foto: Google

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