satelites publicidade

Começou a era da publicidade no espaço?

A descida constante do custo do lançamento de satélites torna financeiramente viável o mercado publictário no espaço, a partir de constelações de satélites que refletem a luz do sol. Esta é a conclusão de uma equipa de cientistas do Instituto de Ciência e Tecnologia de Moscovo.

De acordo com este estudo tal seria possível por apenas 65 milhões de euros, por exemplo, menos do que o valor que é gasto em publicidade na final de Super Bowl nos Estados Unidos e provavelmente com potencial de muito maior retorno.

Uma frota de 50 satélites equipada com espelhos refletores seria suficiente. Estes seriam arranjados de forma a formar um género de pixéis no céu, permitindo a formação de imagens simples ou logótipos.

Na Terra ver-se-ia um movimento durante 10 minutos ao nascer do sol e ao pôr-do-sol, com uma dimensão que iria da meia-Lua até um pouco mais que a Lua Cheia. Para maximizar a receita, os satélites mover-se-iam cerca de 25 vezes, ao longo de um período de 3 meses, por forma a serem visíveis em diferentes zonas do planeta. Ao fim desses 3 meses, o combustível acabaria e iriam descendo progressivamente das suas órbitas até se destruírem na atmosfera.

Mas este é um projeto controverso, pois o risco de mais resíduos espaciais é significativo. Há soluções para mitigar este problema, mas a tendência de crescimento dos satélites, que hoje já são milhares, pode criar enormes perturbações no futuro e há que prevenir. Algumas projeções apontam para um crescimento de 100 vezes em relação ao número atual de satélites, nos próximos 10 anos.

Crédito foto: Jacques Dayan

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