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Nova tecnologia permite quintas solares no espaço

O sonho de Nikola Tesla poderá estar perto de se concretizar. Uma empresa neozelandesa, a Emrod, está a trabalhar num sistema que permitirá aos satélites transmitir energia pelo ar (obviamente sem cabos). 

Com sede em Auckland, Nova Zelândia, a Emrod está a trabalhar na tecnologia de transferência de energia sem fio há mais de três anos. A empresa demonstrou recentemente que a sua tecnologia de energia solar baseada no espaço (SBSP) que desenvolveu em colaboração com a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Airbus, funciona. Isso abre o caminho para a empresa planear sua rede global de energia que pode dissociar onde a energia é gerada e onde é consumida.

Como funciona a transferência de energia sem fio?

A demonstração de tecnologia realizada na zona de Munique – área pertença da Airbus – consistiu numa antena de transmissão e recepção de matriz faseada quadrada com 1,92 m de diâmetro. Usando a frequência de 5,8 GHz, o sistema transmitiu energia a uma distância de 36 metros e alimentou vários equipamentos.

A equipa usa um feixe colimado com um phased array neste sistema, onde seu feixe de energia se move como se estivesse num fio virtual. A Emrod atingiu uma eficiência de transferência de energia de 95% com esta abordagem e tem planos de a atingir até 99%.

Quintas solares no espaço?
A Emrod está em negociações com empresas espaciais para colocar o primeiro dos satélites de teste em órbita nos próximos três anos. Se a Emrod colocar os seus satélites a uma altitude de 400 a 500 km, ao lado da Estação Espacial Orbital, a sua antena teria que ter mais de 108 metros de largura. Isso exigiria a montagem de componentes no espaço, tornando-se um desafio difícil.

Uma abordagem alternativa seria deixar os satélites orbitarem a cerca de 100 km, e o tamanho da antena necessária diminuiria para algo entre  os 30-40 metros, tornando-os muito mais simples de construir e lançar. 

A empresa planeia implantar a sua tecnologia comercialmente já em 2024. Enquanto isso não acontece, também espera convencer as pessoas de que tais transferências de energia são possíveis, mesmo que façam isso todos os dias com seus telefones.

Crédito foto: Emrod

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