O nome diz tudo: Amasia será, no futuro, a junção da América com a Ásia. Nas próximas centenas de milhões de anos, o Oceano Ártico e o Mar das Caraíbas desaparecerão, e a Ásia colidirá com as Américas, formando um supercontinente que se estenderá por grande parte do Hemisfério Norte. Essa é a conclusão de uma nova análise dos movimentos das placas terrestres.
Ao contrário do mundo de hoje, onde uma variedade de placas tectónicas se movem pela superfície da Terra carregando os pedaços de crosta que reconhecemos como continentes, a Terra antiga era o lar de supercontinentes, que combinavam a maioria, se não todas, as grandes massas de terra em apenas uma só. Estudos anteriores sugerem que os supercontinentes duram cerca de 100 milhões de anos antes de se separarem.
O registo geológico revela que nos últimos dois mil milhões de anos houve três supercontinentes, diz Ross Mitchell, geofísico da Universidade de Yale, nos Estados Unidos. O mais antigo supercontinente conhecido, Nuna, formou-se há cerca de 1,8 mil milhões de anos. O seguinte, Rodinia, existiu há cerca de mil milhões de anos, e o mais recente, Pangeia, surgiu há cerca de 300 milhões de anos. Nos longos intervalos entre os supercontinentes, acontece o que temos hoje.
Os cientistas podem rastrear as idas e vindas dessas massas de terra analisando os minerais magnéticos com ferro em vários tipos de depósitos rochosos. Isso ocorre porque os átomos de ferro, e às vezes até mesmo pequenos pedaços magnetizados de rocha com ferro, se alinham com o campo magnético da Terra quando estão livres para girar, como quando o material que os contém é fundido. Uma vez que as rochas se solidificaram – e se não forem aquecidas acima da temperatura na qual as suas informações magnéticas são apagadas – análises cuidadosas podem revelar onde essas rochas estavam quando arrefeceram, mesmo que tenham centenas de milhões de anos.
Crédito foto: Science, adaptado de MITCHELL ET AL., NATURE