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Criar matéria a partir do… nada.

Parece estranho e quase do domínio da especulação admitir-se que do nada, se pode criar algo! Mas a verdade é que a teoria quântica postula essa possibilidade há mais de 70 anos, através de flutuações quânticas no vácuo. Há inclusivamente quem levante a hipótese de todo o Universo poder ter sido gerado a partir do nada.

Sabemos que é possível termos espaço vazio e, através de algumas manipulações, gerar alguma coisa. Por exemplo é possível provocar a colisão de duas partículas nesse espaço vazio e gerar ocasionalmente partículas e anti-particulas adicionais. Isto é conhecido e consegue-se reproduzir.

Na teoria quântica, até mesmo um campo eletromagnético suficientemente forte pode gerar partículas e anti-particulas a partir do próprio vácuo, mesmo que no estado inicial não exista qualquer tipo de matéria ou anti-matéria. É o chamado efeito de Schwinger, em homenagem a um dos fundadores da teoria quântica, mas considera-se que dificilmente poderiam existir condições tecnológicas capazes de testar este efeito.

Mas isso foi feito em laboratório no início deste ano usando as peculiares propriedades do grafeno que, ao ser colocado em camadas, cria estruturas de super-redes, permitindo campos eletromagnéticos extraordinariamente elevados e tendo-se assim conseguindo criar as condições necessárias para a geração espontânea de pares de partículas e anti-partículas exóticas.

Qual a relevância desta descoberta que ainda terá que ser confirmada? Todo o conhecimento da forma como o universo funciona, advém de leis bem estabelecidas como a da conservação de energia ou a da conservação do momento. Avançar no conhecimento das leis fundamentais da física é a base para enormes ramificações de conhecimento em inúmeras áreas e que, para além do valor puro e duro que representa saber como as coisas funcionam, com o tempo permite sempre grandes avanços tecnológicos que melhoram a vida das pessoas.

Crédito photo: Unsplash

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