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A China trouxe Hélio-3 da Lua. Porque é importante?

A investigação em fusão nuclear é crescente e cada vez mais promissora. Quando dominarmos esta forma de produção de energia, que na verdade é a mesma que as estrelas usam para produzir energia, teremos uma fonte praticamente inesgotável e com baixo impacto ecológico. Porém, além dos desafios inerentes aos campos magnéticos necessários para a fusão nuclear, há algumas outras dificuldades. Os principais materiais necessários são o deutério, que não representa um problema porque é abundante e barato e o trítio, que apenas existe em níveis muito residuais na alta atmosfera fruto do bombardeamento dos raios cósmicos. Pode também ser gerado em reatores nucleares mas é extremamente complexo recolher. 

Portanto é um problema adicional que carece de uma solução. Existem algumas alternativas sendo uma delas o Hélio-3, um isótopo do Hélio também raro, que também pode ser gerado nos reatores nucleares e que por isso é igualmente difícil de recolher. Porém, tem algumas vantagens em relação ao trítio, quer em termos de radiotividade quer de abundância, embora não na Terra. Na verdade sabe-se desde a missão Apolo 3, que o Hélio 3 é abundante na Lua.

Ou seja, quando a fusão nuclear for uma realidade, quem tiver capacidade de mineração na Lua pode ter uma enorme vantagem e a China quer liderar nesse domínio. Foi por isso que a Missão Chang’e 5 trouxe um mineral – Changesite Y – que a China afirma ter Hélio 3. 

Este será um foco em futuras missões da agência Chinesa, assim como da NASA que já anunciou ir também dedicar missões lunares a este propósito.

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