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Portugal quer construir ilhas eólicas no mar

A energia é um dos sectores mais dinâmicos em Portugal. A crise energética despoletada pela guerra na Ucrânia, veio apenas dar destaque a um problema que já existia. Melhor do que o habitual pessimismo nacional costuma destacar, Portugal tem vindo a fazer o seu trabalho de casa ao longo dos últimos anos, e é neste momento um dos países mundiais com maior capacidade de produção de eletricidade a partir de energias renováveis.
Com a evolução tecnológica, as energias renováveis – sobretudo a eólica e o solar – tornaram-se economicamente mais rentáveis. Por exemplo, a EDP já só investe em energia renovável.
Para além das vantagens evidentes do controlo ambiente e do combate às alterações climáticas, Portugal ganha autonomia estratégica, deixando de estar dependente da volatilidade característica dos países produtores de combustíveis fósseis, ao mesmo tempo que consegue reenquilibrar as contas externas, reduzindo as importações.
O PRR e a capacidade de atração de investimento estrangeiro nesta área, permite que  o secretário de Estado do Ambiente, João Galamba, tenha revisto em alta os objetivos nacionais para a produção de eletricidade. O governante espera atingir 100% de produção elétrica apenas com fontes renováveis antes de 2030, quando ainda há bem pouco tempo o objetivo ambicioso era de 80%.
Nessa linha, o ministro da Economia (na foto) António Costa e Silva, revelou que “no eólico offshore vamos ter um grande projeto [que deverá ser de 8GW] e uma produção massiva com ilhas artificiais afastadas da costa”, que depois transmitem a eletricidade produzida através de cabos submarinos.
O ministro aposta na ligação entre a produção eléctrica por renováveis com a produção de hidrogénio – o denominado hidrogénio verde – porque isso garante o armazenamento de energia: “as grandes quantidades de hidrogénio necessárias no futuro serão importantes e nós temos no eólico offshore [no mar há sempre mais vento que em terra] uma oportunidade de as produzir”.
Para além disso, o hidrogéno verde tem a capacidade de concentrar altas quantidades de energia, o que vai revolucionar vários sectores, como a avaiação ou o transporte pesado, como camiões ou comboios. São oportunidades de negócio a não perder.
 

Crédito da foto: Manuel de Almeida/Lusa, reproduzida no Jornal de Negócios

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