supercondutor

Supercondutividade à temperatura ambiente pela primeira vez

A eletricidade faz funcionar, direta ou indiretamente, grande parte dos dispositivos que usamos no dia a dia. Esta circula por condutores metálicos, que oferecem alguma resistência e por isso perdem energia sob a forma de calor.

Os materiais supercondutores contrariam esta lógica e deixam-se atravessar pela eletricidade sem oferecer qualquer resistência. Com isso conseguem-se inúmeras aplicações interessantes, como levitação magnética que permite por exemplo, o funcionamento de alguns comboios de alta velocidade, computadores quânticos ou experiências científicas extremas como o CERN, etc. 

O problema está em que os materiais que exibem comportamento supercondutor, só o fazem a temperaturas muito baixas, difíceis de conseguir e manter que, até há alguns anos, eram perto do zero absoluto (-273.15ºC).

Mas o progresso recente tem sido sido grande. Em 2019 conseguiu-se um material com comportamento supercondutor até aos -23ºC e agora foi possível chegar a uns incríveis 15ºC.

Mas há um problema! A temperatura é ambiente, mas a pressão ainda é gigante e demasiado elevada para se conseguir industrializar (mais de 2 milhões de atmosferas) e produzir aplicações para o quotidiano.

O objetivo agora é baixar a pressão. Se forem conseguidas temperaturas e pressões mais próximas de parâmetros normais, o mundo sofrerá uma verdadeira revolução:

A produção e transporte de energia seriam quase gratuitas, já que até a fusão nuclear passaria a ser muito mais fácil; a levitação magnética permitiria que os comboios de alta velocidade se tornassem baratos; a eletrónica poderia ser ainda mais miniaturizada; a computação quântica seria ubíqua; a criptografia seria indecifrável, entre muitas outras coisas.

Há portanto muitas razões para se perseguir este objetivo e por isso este avanço dos engenheiros de materiais da Universidade de Rochester é de extrema importância.

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