COMUNICAÇÃO

Em Portugal confunde-se muito Cultura com Arte. Até ao mais alto nível: o Ministério da Cultura é na verdade o Ministério das Artes. Nesta perspectiva é natural que para muitas pessoas a Cultura seja vista como um luxo, algo não necessário, “uma coisa para os artistas”. É uma boa oportunidade para colocar alguns pontos nos is.

Existem muitas definições de Cultura, mas do ponto de vista sociológico Cultura é o que distingue um português de um espanhol, um homem de uma mulher, um “tripeiro” de um “alfacinha”. Cultura é a nossa forma de ser, estar, pensar e agir. Logo está presente em todas as nossas atividades: na arte e no lazer, mas também na família e na tradição, no trabalho, na escola ou na vida social.

Em linguagem informática, a Cultura é assim uma espécie de sistema operativo, onde correm as aplicações que produzem resultados. O word e o excel são culturalmente as empresas, organizações, escolas ou famílias, que produzem bens económicos, desporto, educação ou espaços de afectos. Logo quanto melhor for a cultura, melhor será a economia, a educação ou a saúde.

Daqui se conclui facilmente que o nosso desenvolvimento económico depende do nosso desenvolvimento cultural. Mas como isso se faz? A cultura aprende-se? Qual o papel da arte?

Cristina Farinha é uma das maiores especialistas portuguesas em Cultura e traz a energia, a simpatia e o charme das mulheres do Norte, para uma sessão de profunda sabedoria. 

De que falamos, quando falamos de Cultura? A não perder.

 

BIOGRAFIA

Porto, 1973. Perita independente do setor cultural e criativo. Doutorada e investigadora colaboradora do Instituto de Sociologia da Universidade Porto, docente convidada no Mestrado em Gestão de Indústrias Criativas da Escola das Artes Universidade Católica do Porto e do Curso em Gestão Cultural da Universidade de Santiago de Compostela. 

Atualmente é membro do Painel de Seleção e Monitorização das Capitais Europeias da Cultura, desde 2015; avaliadora externa da Comissão Europeia para os programas Europa Criativa, Erasmus+ e H2020, desde 2011 e do Fundo Roberto Cimetta para a Mobilidade Artística e Cultural no Mediterrâneo e Medio Oriente, desde 2013. 

Em Portugal, foi Diretora Executiva da ADDICT – Agência para o Desenvolvimento das Indústrias Criativas, 2012-6; representou na EU o Ministério da Cultura no Grupo de Peritos dos Estados-Membros sobre indústrias criativas (2016-7); fez parte de comités de apreciação da DG Artes e da Direção Regional de Cultura dos Açores (2018); e tem colaborado com a Direção Regional de Cultura do Centro na curadoria de eventos ligados à cultura e ao desenvolvimento dos territórios.

Como consultora independente, trabalha desde 1996 com diversas instituições e redes do nível local ao internacional e o seu foco de interesse são as políticas culturais e o seu papel na governação e desenvolvimento; a capacitação e formação profissional do setor; e a promoção da cooperação e mobilidade internacional.

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