COMUNICAÇÃO
António Barreto é sobejamente conhecido por todos pelo seu trabalho de participação pública, que nos esquecemos um pouco que é sociólogo. Pensador profundo e orador poderoso, o fundador da Pordata concilia como poucos o pensamento racionalista com um humanismo transbordante.
A alma de António Barreto é o espírito do COGITO: compreender os desafios da mudança e projetar os impactos na sociedade. A tecnologia pouco importa, o que importa é o que fazemos com ela (e o que ela faz de nós).
O que o mundo cada vez mais digital está a fazer à realidade das famílias em que crescemos? O que muda, quando os nossos filhos passam mais tempo online a dialogar com pessoas de outras cidades e de outros países, do que a jogar à bola com os vizinhos? No século XXI qual é a nossa identidade? O que quer dizer: nós? A novidade renega a tradição? Os novos pais são apenas procriadores? O que perdemos e o que ganhámos com a utopia do progresso?
António Barreto vale por si só. Mas esta comunicação vale também porque vamos falar de mim, de ti, de si e de nós. Há algo mais importante?
BIOGRAFIA
António Barreto: Licenciado (1969) e doutorado (1986) em Sociologia pela Faculdade de Ciências Sociais e Económicas da Universidade de Genebra, Suíça. Assistente da mesma Faculdade (1968/1971). Investigador do Instituto de Pesquisas das Nações Unidas para o Desenvolvimento Social (1969/1974). Professor da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (1975/1984). Fundou o Gabinete de Estudos Rurais da Universidade Católica Portuguesa (1978/1982). Investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (1982/2009). Membro da Comissão Instaladora e professor da Faculdade Direito da Universidade Nova de Lisboa (1996/2004). Vogal do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Estatística (1997/1999). Presidente do Conselho de Administração da Fundação Francisco Manuel dos Santos (2009/2014). Prémio Montaigne (2004). Sócio efectivo da Academia das Ciências de Lisboa. Deputado à Assembleia Constituinte (1975) e à Assembleia da República (1978 e 1985/1991), Secretário de Estado do Comércio Externo (1975/1976), Ministro do Comércio e Turismo (1976/1977) e Ministro da Agricultura e Pescas (1976/1978).
É autor de livros e artigos académicos sobre temas na área da Sociologia e do comentário político, entre os quais “Anatomia de uma Revolução”, “Tempo de Mudança”, “Tempo de Incerteza” e “De Portugal para a Europa”. Autor e coordenador de “Situação Social em Portugal” e de “Dicionário de História de Portugal”.
Fundador da PORDATA. Membro do Júri do Prémio Pessoa (desde 1995). Autor de filmes e séries televisivas (“Portugal, Um Retrato Social”, “As Horas do Douro”, “Nós e a Televisão” e “A Televisão e o Poder”). Autor de livros de fotografia, entre o quais “Fotografias 1967/2010”, “Douro – Rio, Gente e Vinho”. Autor de exposições de fotografia, entre as quais “Douro, Lugar de um encontro feliz” e “Gente da Batalha”.
Participou em programas de comentário político na SIC e na RTP. Escreve regularmente para a imprensa escrita, actualmente no diário Público.